Carlos de Oliveira faleceu em 01 de julho de 1981. Faltava um mês e nove dias para completar 60 anos. A vida física foi relativamente breve, mas sua obra, poesia e prosa, continuam conosco a lançar interrogações, a provocar reflexão. Desde 2012, uma outra forma de obra também surgiu: os muitos papéis de seu espólio, revelando seu trabalho constante de escrita e de reescrita, a leitura atenta de sua própria obra e de companheiros, seja da geração, seja de novos escritores que dialogavam com ele. Esses diálogos também se davam num espaço determinado que podemos relembrar: mesas dos cafés Monte Carlo e Toni dos Bifes, na região do Saldanha, em Lisboa, onde o escritor morava. Nesses cafés, escritores como José Gomes Ferreira, Mário Dionísio, José Cardoso Pires, Herberto Helder passavam, sentavam e conversavam. Mais novos se aproximavam, como Gastão Cruz, Fiama H. P. Brandão, Ruy Belo e Nuno Júdice. Ali discutiam-se literatura, arte e política, e Carlos de Oliveira, pelo que contam os testemunhos, a todos ouvia com atenção e um quê de ironia. Assim, em torno de mesas, organiza-se este colóquio, considerando a mesa dos cafés, a mesa de trabalho e a mesa do leitor, num encontro de lembrança,
de reconhecimento e de permanente troca de ideias.
Em breve: site do Colóquio para inscrições de ouvintes.
Organização: Ida Alves (UFF/CNPq), Andreia Castro (UERJ), Mônica Fagundes
(UFRJ) e Silvio Renato Jorge (UFF/CNPq)
PS: são cartazes por dia, além da apresentação.